terça-feira, 16 de junho de 2009

A FACE MORTE


A morte é a razão humana não aceita. O confronto existente entre o está vivo e o “não existir mais”, passa a ser simplesmente inaceitável pelo seres normais da sociedade dita moderna ocidental. Não compreendemos o fato da não existência, não perdoamos a quem nos toma ou o questionamos. Certamente que a morte é sempre um exercício pratico do nível de consciência racional e humanista que recebemos durante a vida. Não estaremos nunca prontos para a morte pois nunca estaremos preparados para a perda.
As lagrimas pelos que partem é um processo necessário para quem fica, necessitamos de passar pelo caminho do luto, vivencia-lo e respeita-lo. Por mais que procuremos respostas exatas para a perda de quem amamos, nunca encontraremos a chamada verdade ou a justificação para tal. Morrer é o complemento do ciclo da vida, é um jogo injusto mas necessário para a complementação do próprio individuo .
Diante do pensamento de quem se foi, é um dos poucos momentos íntimos que temos com nosso EU, pois passamos a pensar não na morte mas na vida, por outros ângulos , como a vida que estamos levando, a vida que queremos ter ou a vida vivenciada ou desperdiçada por quem partiu.
A quem fica resta somente as lembranças, pois a saudade passa a ser mais real do que o próprio fato do outro não existir mais. Aprendemos com a morte, nos recuperamos com as lagrimas e criamos a esperança ou imaginação do reencontro. O vazio que fica será preenchido com a aproximação de todos que faziam de alguma forma parte de quem deixou saudade.
Vivamos a intensidade do minuto, sem medo e sem macula. Sem culpa ou desprezo, sem inveja ou preconceito. Vivamos simplesmente pelo fato do valor que devemos a própria vida e a gratidão a Deus que nos a concede em mais este dia. Que realmente possamos compreender a celebre frase popular “viver a vida”.



Dedico este artigo a aluna Letícia, eterna saudade.