sexta-feira, 25 de março de 2011

DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Uma das bases fundamentais dos direitos humanos é o princípio que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Discriminação e perseguição com base na raça ou etnia são claras violações desse princípio. A discriminação racial pode tomar muitas formas, desde a mais brutal e institucional forma de racismo - o genocídio e o apartheid, até as formas mais encobertas por meio das quais determinados grupos raciais e étnicos são impedidos de se beneficiarem dos mesmos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais comuns a outros grupos da sociedade. A discriminação racial e étnica continua a ser um dos maiores problemas de direitos humanos no mundo atual, atingindo tanto minorias étnicas quanto, em alguns casos, populações inteiras. Muito da atenção internacional recaiu sobre o apartheid na África do Sul, extinto em 1994. Entretanto, a luta contra o ódio étnico e racial continuou durante a década de 1990 violentamente acometida pelos piores conflitos étnicos jamais vistos nos Bálcãs e na região dos Grandes Lagos na África. Raça é definida como "um grupo de pessoas de comum ancestralidade, diferenciada dos outros por características físicas tais como tipo de cabelo, cor dos olhos e pele, estatura, etc" (Dicionário Inglês Collins). Étnico é definido como "relativo ou característico de um grupo humano que tem certos traços raciais, religiosos, lingüísticos, entre outros, em comum" (Dicionário Inglês Collins). Nas leis internacionais dos direitos humanos, o termo raça é geralmente utilizado em um sentido mais amplo e freqüentemente se confunde com outras distinções entre grupos de pessoas baseadas na religião, etnia, grupo social, língua e cultura. O termo "raça", nas leis sobre os direitos humanos, é utilizado por vezes para designar grupos que não se enquadram em distinções biológicas de grupo como, por exemplo, os sistemas de castas na Índia e Japão.

sexta-feira, 18 de março de 2011

PERÍODOS DA FILOSOFIA

Os Pré-SocráticosPodemos afirmar que foi a primeira corrente de pensamento, surgida na Grécia Antiga por volta do século VI a.C. Os filósofos que viveram antes de Sócrates se preocupavam muito com o Universo e com os fenômenos da natureza. Buscavam explicar tudo através da razão e doconhecimento científico. Podemos citar, neste contexto, os físicos Tales de Mileto, Anaximandro e Heráclito. Pitágoras desenvolve seu pensamento defendendo a idéia de que tudo preexiste à alma, já que esta é imortal. Demócrito e Leucipo defendem a formação de todas as coisas, a partir da existência dos átomos.

Período ClássicoOs séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga foram de grande desenvolvimento cultural e científico. O esplendor de cidades como Atenas, e seu sistema político democrático, proporcionou o terreno propício para o desenvolvimento do pensamento. É a época dos sofistas e do grande pensador Sócrates. Os sofistas, entre eles Górgias, Leontinos e Abdera, defendiam uma educação, cujo objetivo máximo seria a formação de um cidadão pleno, preparado para atuar politicamente para o crescimento da cidade. Dentro desta proposta pedagógica, os jovens deveriam ser preparados para falar bem (retórica), pensar e manifestar suas qualidades artísticas.Sócrates começa a pensar e refletir sobre o homem, buscando entender o funcionamento do Universo dentro de uma concepção científica. Para ele, a verdade está ligada ao bem moral do ser humano. Ele não deixou textos ou outros documentos, desta forma, só podemos conhecer as idéias de Sócrates através dos relatos deixados por Platão. Platão foi discípulo de Sócrates e defendia que as idéias formavam o foco do conhecimento intelectual. Os pensadores teriam a função de entender o mundo da realidade, separando-o das aparências. Outro grande sábio desta época foi Aristóteles que desenvolveu os estudos de Platão e Sócrates. Foi Aristóteles quem desenvolveu a lógica dedutiva clássica, como forma de chegar ao conhecimento científico. A sistematização e os métodos devem ser desenvolvidos para se chegar ao conhecimento pretendido, partindo sempre dos conceitos gerais para os específicos.

Período Pós-Socrático
Está época vai do final do período clássico (320 a.C.) até o começo da Era Cristã, dentro de um contexto histórico que representa o final da hegemonia política e militar da Grécia. Ceticismo: de acordo com os pensadores céticos, a dúvida deve estar sempre presente, pois o ser humano não consegue conhecer nada de forma exata e segura. Epicurismo: os epicuristas, seguidores do pensador Epicuro, defendiam que o bem era originário da prática da virtude. O corpo e a alma não deveriam sofrer para, desta forma, chegar-se ao prazer. Estoicismo: os sábios estóicos como, por exemplo, Marcos Aurélio e Sêneca, defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos exteriores a vida deviam ser deixados de lado, como à emoção, o prazer e o sofrimento.

Filosofia Antiga

Em 479 a.C. com a vitória dos gregos sobre os persas, consolida-se a democracia em Atenas. A idéia de "homem" passa a ser identificada com a concepção de “cidadãos da pólis". As preocupações e especulações filosóficas concentram-se, apartir desse momento, não mais na relação do homem com a natureza, como ocorria nos pré-socráticos. O que importa agora é a relação entre seres humanos: a vida social. Sócrates (469-399 a.C.) é tradicionalmente considerado um marco divisório da história da filosofia grega. Por isso, os filósofos que o antecederam são chamados pré-socráticos e os que o sucederam de pós-socráticos. Sua filosofia era desenvolvida mediante diálogos críticos com seus interlocutores. Esses diálogos podem ser divididos em dois momentos básicos: aironia (interrogação) e a maiêutica (concepção de idéias). Os principais representantes do período pós-socrático: Platão e Aristóteles.

Filosofia Medieval
A Idade Média inicia-se com a desorganização da vida política, econômica e social do Ocidente, agora transformado num mosaico de reinos bárbaros. Depois vieram as guerras, a fome e as grandes epidemias. O cristianismo propaga-se por diversos povos. A diminuição da atividade cultural transforma o homem comum num ser dominado por crenças e superstições. O período medieval não foi, porém, a "Idade das Trevas", como se acreditava. A filosofia clássica sobrevive, confinada nos mosteiros religiosos. Sob a influência da Igreja, as especulações se concentram em questões filosófico-teológicas, tentando conciliar a fé e a razão. E são nesse esforço que Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino trazem à luz reflexões fundamentais para a história do pensamento cristão.

Filosofia Moderna

Pode a razão conhecer Deus? Atravessando tortuosos caminhos, o pensamento medieval não foi conclusivo. A escolástica chegou ao seu limite. A desagregação da cristandade com a reforma protestante e o renascimento cultural trouxe novas questões. A burguesia entra em cena e caracteriza a mentalidade moderna. De modo geral, associam-se ao renascimento mudanças de ênfase nos seguintes valores: antropocentrismo, racionalismo e individualismo. René Descartes é considerado um dos pais da filosofia moderna. Aplicando a dúvida metódica, chegou a celebre conclusão: "Penso, logo existo". Seu método da dúvida crítica abalou profundamente o edifício do conhecimento filosófico de sua época.

Filosofia Contemporânea
O conhecimento amplia-se e faz surgir um novo objeto de estudo, o próprio homem. Cada época abrange uma corrente de pensamento, juntamente com seus respectivos conceitos e pensadores. Entre os filósofos idealistas estão Descartes, Kant e Hegel. Já na tradição racionalista pós-cartesiana temos Pascal, Spinoza, Guilherme de Occam e Leibniz. No palco inicial do empirismo moderno os principais representantes são: Francis bacon, Locke, Berkeley e Hume. Dentro da filosofia política destacam-se os seguintes filósofos: Aristóteles, Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau, Engels, Maquiavel, Voltaire, Fichte, dentre outros. Já no positivismo temos Augusto Comte. O representante da crítica ao positivismo é Bérgson. Dentro da filosofia das Ciências ou Epistemologia temos como representante Bachelard. A concepção de materialismo tem como representante Karl Marx. Nas primeiras décadas do século XX, o mundo estava em crise. A filosofia também. Diversos pensadores passam a questionar o sentido da vida humana. Surge, assim, a tendência existencialista. Seus principais inspiradores: Kierkegaard, Nietzsche, Husserl, Heidegger, Camus e Sartre. O inconsciente representa papel fundamental na filosofia de Schopenhaue.Sob esse aspecto antecipou-se alguns dos conceitos mais importantes da psicanálise fundada por Sigmund Freud. No pensamento pós-moderno temos influências marcantes, tais como: Michel Foucault, Gilles Deleuze, Haber, mas, Richard Rorty, Adorno, Marcuse, dentre outros.

Período Pós-Socrático

Está época vai do final do período clássico (320 a.C.) até o começo da Era Cristã, dentro de um contexto histórico que representa o final da hegemonia política e militar da Grécia.
Ceticismo: de acordo com os pensadores céticos, a dúvida deve estar sempre presente, pois o ser humano não consegue conhecer nada de forma exata e segura.
Epicurismo: os epicuristas, seguidores do pensador Epicuro, defendiam que o bem era originário da prática da virtude. O corpo e a alma não deveriam sofrer para, desta forma, chegar-se ao prazer.
Estoicismo: os sábios estóicos como, por exemplo, Marcos Aurélio e Sêneca, defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos exteriores a vida deviam ser deixados de lado, como à emoção, o prazer e o sofrimento.

FRATERNIDADE E A VIDA NO PLANETA

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe a cada ano, através da Campanha da Fraternidade (CF), uma proposta voltada para a transformação pessoal e comunitária. Os objetivos gerais da CF são sempre os mesmos e decorrem da missão evangelizadora que a Igreja recebeu de Jesus Cristo: Os mandamentos do amor fraterno, despertar e nutrir o espírito comunitário no meio do povo e a verdadeira solidariedade; educar para a vida fraterna, a partir da justiça e do amor e renovar a consciência sobre a responsabilidade social de todos, para um mundo mais humano, uma sociedade mais justa e solidária. Em 2011 o alvo é o meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas – causas e conseqüências. Em cada catástrofe, sejam elas, terremotos, inundações, tsunamis, desertificações e furacões podemos sentir o planeta gemer, e a humanidade ficar sem reação. O meio ambiente grita por socorro e os terráqueos temem pelos próximos anos que virão.

1- Faça uma sinopse do texto, 10 linhas:
2 – O que quer dizer CNBB e a que religião é ligada?
3- Qual a importância da CF?
4- Descreva três catástrofes ocorridas no Brasil nos últimos anos:
5- Apontes soluções governamentais para a redução das tragédias mundiais:
6- Descreva a recente catástrofe ocorrida no Japão:
7- Como pode ser sua participação na CF deste ano?

O MITO

Mito é uma estória sobre a origem de alguma coisa, como, por exemplo: origem dos astros, do homem, das plantas, dos animais, entre outros. A palavra mito vem do grego e significa contar alguma coisa para os outros. Há séculos antes de cristo, principalmente na Grécia Antiga, como não havia respostas para a origem do mundo e de tudo que nele existia, os sábios da época criavam estórias e personagens com o intuito de responder as perguntas que todos sempre fazem, tais como: de onde vim, para onde vou e quem eu sou. Os mitos mais famosos eram sobre os deuses, seres imortais com poderes para reger a Terra e recompensar ou castigar os homens.

1- Qual a importância dos mitos nos dias atuais?
2- Quais as influencias que a Mitologia Grega deixou?
3- Por que a Mitologia Grega ainda fascina?
4- Descreva cinco mitos populares comentados por seus familiares:
5- Descreva três mitos contados pela cultura popular brasileira:
6- Quais as ligações que podemos encontrar entre mito e religião?
7- Por que o mito deve ser respeitado?
8- Descreva sua versão para o mito paraisense da Maria Engomada

quinta-feira, 10 de março de 2011

Outro verão, tudo igual.

Em nosso país o verão, além do sol maravilhoso, tem também as chuvas, que se tornam mais intensas neste período. Invariavelmente ocorrem desastres cuja fórmula mistura fatores como índices pluviométricos acima da média, habitações em locais de risco e falhas nas fiscalizações públicas. Em 2011, não foi diferente, vários estados como: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, foram castigados pelo mau tempo e infelizmente, centenas de mortes ocorreram por desabamentos ou deslizamentos. Os governos municipais defendem-se, dizendo que faltam recursos para remover centenas de famílias que em décadas passadas invadiram áreas de risco ou há capacidade técnica insuficiente para mapear o problema e planejar as ações. Já os governos estaduais e federal, não apresentam medidas realmente eficazes para o problema e esperam o pior acontecer para tentar apresentar alguma medida. Quanto ao povo brasileiro, esse sim, demonstra todos os anos sua solidariedade, humanismo, respeito e amor ao próximo. Tristemente vamos aguardar o próximo ano para contabilizarmos os prejuízos de uma nova tragédia.

1- As tragédias anuais no país são conseqüências do clima, do governo ou do povo? Comente:
2- Quais as medidas preventivas poderiam ser tomadas?
3- Qual o papel da preservação ambiental nesta questão?
4- Faça um comentário sobre o que foi divulgado nos meios de imprensa sobre a tragédia deste ano no Rio de Janeiro:

Mitologia Grega

Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo ou gerar poder sobre o povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos. Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral. Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais. Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram: Heróis: seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos: Herácles ou Hércules e Aquiles. Ninfas: seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade. Sátiros: figura com corpo de homem, chifres e patas de bode. Centauros: corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo. Sereias: mulheres com metade do corpo de peixe atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes. Górgonas: mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa. Quimeras: mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.

1- Faça uma síntese do texto acima:
2- O que é a mitologia grega?
3- Quais eram as finalidades da mitologia?
4- Explique como a mitologia era usada de forma manipuladora:
5- Qual a importância da mitologia nos dias atuais?
6- Como a mitologia influenciou a religião?
7- De exemplos de como a mitologia influencia sua vida:

FILOSOFANDO

A filosofia é diferente das outras disciplinas, porque para estudar filosofia é necessário fazer filosofia. Para entender a filosofia é necessário que nos entreguemos à argumentação filosófica (argumentar é apresentar razões que conduzem a uma conclusão). A disciplina e diretamente ligada as razoes humanas e a maior função do filosofo é pensar, criticar, analisar, argumentar e emitir um comentário sobre questões simples ou complexas da própria vida. A filosofia é uma disciplina intelectual que utiliza métodos racionais e críticos. Procurando definir o mundo e busca respostas para questões fundamentais, como: a vida e a morte, a existência, os valores do ser humano e as mais diversas indagações sociais. A disciplina é ampla, podendo ser à base do pensamento de qualquer assunto ou questão. A palavra vem do grego e quer dizer: Amor à sabedoria. Surgiu por volta do século VI a.C. na Grécia, e é considerada a base para todas as outras disciplinas, já que foi a primeira. Investigação, argumentação, análise, discussão, reflexão, idéias, mundo, Homem, sociedade, religião, curiosidade, compreensão, questionamento, realidade, critica, estética, artes, tradição e centenas de outros assuntos irão fazer parte a partir de agora do nosso dia a dia. Bem vindo ao mundo do pensamento.

Educação religiosa

A aula de E. R é um espaço que temos dentro da escola para a reflexão dos valores humanos, descobrindo assim o valor da própria vida e a necessidade do respeito às diferenças existentes na sociedade, aprendendo desta forma a amar e cuidar do próximo. A E. R fortalece nosso caráter de cidadão, nossa ética e solidariedade, alem de desenvolver o espírito de participação e responsabilidade para preservarmos nossa família, a paz, os amigos, o meio ambiente e a fé. A disciplina ensina o respeito às religiões, as crenças, as preferências e a cultura individual de cada ser humano.

1- O que é a Educação Religiosa?
2- O que podemos aprender com disciplina?
3- O que é ‘caráter de cidadão’?
4- O que podemos definir como ‘espírito de participação’?
5- Cite exemplos de como podemos valorizar a vida:
6- Qual a importância de respeitarmos as religiões?

A CAVERNA DE PLATÃO (o mito da caverna)

Imagine um grupo de pessoas que habita o interior de uma caverna subterrânea, estando todas de costas para a entrada da caverna e acorrentadas pelo pescoço e pés, de sorte que tudo o que vêem é a parede da caverna. Atrás delas ergue-se um muro alto e por trás desse muro passam figuras de formas humanas sustentando outras figuras que se elevam para além da borda do muro. Como há uma fogueira queimando atrás dessas figuras, elas projetam sombras na parede da caverna. Assim, a única coisa que as pessoas da caverna podem ver é este “teatro de sombras”. E como essas pessoas estão ali desde que nasceram elas acham que as sombras que vêem são as únicas coisas que existem. Imagine agora que um desses habitantes da caverna consiga se libertar daquela prisão. Primeiramente ele se pergunta de onde vêm aquelas sombras projetadas na parede da caverna. Depois consegue se libertar dos grilhões que o prendem. E o que acontece quando ele se vira para as figuras que se elevam para além da borda do muro? Primeiro, a luz é tão intensa que ele não consegue enxergar nada. Depois, a precisão dos contornos das figuras, de que ele até então só via as sombras, ofusca a sua visão. Se ele conseguir escalar o muro e passar pelo fogo para poder sair da caverna, terá mais dificuldade ainda para enxergar devido à abundância de luz. Mas depois de esfregar os olhos, ele verá como tudo é bonito. Pela primeira vez verá cores e contornos precisos; verá animais e flores de verdade, de que as figuras na parede da caverna não passam de imitações baratas. Suponhamos, então, que ele comece a se perguntar de onde vêm os animais e as flores. Ele vê o Sol brilhando no céu e entende que o Sol dá vida às flores e aos animais da natureza, assim como também era graças ao fogo da caverna que ele podia ver as sombras refletidas na parede. Agora, o feliz habitante das cavernas pode andar livremente pela natureza, desfrutando da liberdade que acabara de conquistar. Mas as outras pessoas que ainda continuam lá dentro da caverna não lhe saem da cabeça. E por isso ele decide voltar. Assim que chega lá, ele tenta explicar aos outros que as sombras na parede não passam de trêmulas imitações da realidade. Mas ninguém acredita nele. As pessoas apontam para a parede da caverna e dizem que aquilo que vêem é tudo o que existe; é a única verdade que existe; é a realidade. Por fim, acabam matando aquele que retornou para dizer-lhes um monte de "mentiras".